DADOS DO SETOR MOSTRAM REALIDADE DO EMPREGO FORMAL NA CONSTRUÇÃO PESADA

Um perfil interessante do trabalhador da categoria da Pesada mostra que nossa categoria é formada hoje por, aproximadamente, 91% de homens, a maior parte deles com carteira assinada, entre 30 a 39 anos, recebendo remuneração média entre 1 e 3 salários mínimos.

De acordo com dados apurados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), 69% dos trabalhadores da categoria ganham entre 1 e 3 salários mínimos e 17% recebem entre 3 a 5 salários mínimos.

Segundo publicação da Fiesp, o setor patronal da Construção Pesada, representado pelo SINICESP, fez uma série de considerações a respeito do setor, com destaque à recuperação do emprego, com saldo positivo de contratações desde o mês de setembro último, motivado, provavelmente, pelo início de obras estaduais, que foram licitadas no segundo semestre do ano passado e no início de 2019.

Embora esta reação ainda seja muito tímida, visto que tais contratações totalizaram um número historicamente baixo, as mesmas já deram algum suporte para o setor.

Foi pontuada a necessidade de retomar as obras paralisadas e dar continuidade ao programa de concessões do Governo Federal e do Estado de São Paulo. Apesar da apreensão ainda existente no setor quanto à situação atual, há uma expectativa de retomada das obras em geral e investimentos, principalmente na área de infraestrutura urbana, com destaque para os seguimentos de saneamento, mobilidade urbana e iluminação pública, com apoio do BNDES e da Caixa Econômica Federal.

Outros indicadores importantes para 2019 se referem à utilização de materiais e insumos. Apesar da expectativa do consumo aparente de cimento no Brasil apresentar nova retração anual, com queda de 0,9% em 2018, a projeção para este ano é de crescimento de 3,7%. O mesmo acontece com a projeção da produção de ferro para Construção.