O Governo Federal anunciou o novo valor do Salário Mínimo para 2020: R$ 1.045, que entrará em vigor a partir de fevereiro deste ano.
Este salário, como sempre, não é capaz de ser chamado de “mínimo”, uma vez que não consegue dar conta das despesas necessárias para a sobrevivência do trabalhador brasileiro e de sua família.
Prova disso é a pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), que verifica o valor real e justo que o salário mínimo deveria ter.
Segundo o Dieese, o valor aprovado pelo governo permite que o trabalhador compre apenas duas cestas básicas (R$ 1.013) e mais um quilo de carne (R$ 31,52) por mês.
Estes números se baseiam no valor médio da cesta básica no Estado de São Paulo, de R$ 506,50, que possui itens comuns da mesa do brasileiro, como arroz, feijão, farinha, carne, café, batata e tomate.
Ainda de acordo com o Dieese, o valor real e justo para o Salário Mínimo, capaz de ser o necessário para uma família de 4 pessoas, deveria ser de R$ 4.342,57. Ou seja, a quantia anunciada pelo governo (R$ 1.045) é mais de 4 vezes menor que o Salário Mínimo proposto pelo Dieese.
Para chegar ao valor correto do Salário Mínimo, foram levadas em conta as necessidades básicas do trabalhador e sua família, segundo o que manda a Constituição Federal quando trata sobre este assunto. Estas necessidades seriam: saúde, educação, transporte, moradia, alimentação, higiene, lazer e previdência social.
Vale lembrar que, segundo o IBGE, a renda média de 60% dos trabalhadores brasileiros (54 milhões) foi menor que um salário mínimo em 2019.
Como podem ver, estamos muito distantes do ideal. Mas nos cabe criticar e alertar todos sobre esta injustiça econômica e social.
* Fonte: Dieese